É comum passar nas ruas e ver muitas pessoas caminhando de cabeça baixa. É preciso desviar da mais desatentas, que nem percebem que podem se chocar contra quem segue em direção oposta. Elas estão de olho no celular, que as distrai e hipnotiza. no ônibus de pé ou sentadas, continuam a olhar para o telefone, checando mensagens ou verificando as redes sociais.
Já aquelas que dirigem seus carros têm dificuldades em se manter atentas ao trânsito. Esperam ansiosas, sem perceber, o sinal sonoro que anuncia a chegada de uma mensagem de texto. A falta de atenção ao volante pode causar acidentes. No trabalho, a maioria perde tempo em verificar; repetidas vezes, se algo foi postado em sua rede social ou quantas pessoas já curtiram suas fotos ou se seu post mais recente esse momento, que deveria ser produtivo, é utilizado de forma inadequada.
Já aquelas que dirigem seus carros têm dificuldades em se manter atentas ao trânsito. Esperam ansiosas, sem perceber, o sinal sonoro que anuncia a chegada de uma mensagem de texto. A falta de atenção ao volante pode causar acidentes. No trabalho, a maioria perde tempo em verificar; repetidas vezes, se algo foi postado em sua rede social ou quantas pessoas já curtiram suas fotos ou se seu post mais recente esse momento, que deveria ser produtivo, é utilizado de forma inadequada.
Fim do mundo
No almoço com os colegas, os viciados em celular não conseguem tirar os olhos do aparelho eletrônico. A conversa, que poderia ser descontraída, não se desenrola com naturalidade. Ao voltar para casa, o aparelho continua ali, ao lado de seu dono ou dona, quase como um apêndice externo. Se for esquecido em algum lugar, o "fim do mundo" é decretado. Nem na hora de dormir o usuário consegue ficar longe do celular.
Graves riscos
Quem não presenciou uma situação assim ou vive isso diariamente? A socióloga norte-americana Amber Case, famosa por questionar o uso da tecnologia pelas pessoas, declarou em entrevista recente ao jornal El País qual é o mais novo vicio que as atinge: "checamos o celular mil entre mil e duas mil vezes por dia. É uma ferramenta muito útil, mas que tem que nos tornar livres. O celular é o novo cigarro: se fico entediada, dou uma olhada nele. A tecnologia não é ruim, mas seu uso está nos desconectando e nos escravizando."
Dois lados
O doutor em sociologia e professor da Fundação Escolar de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), Paulo Silvino, de 36 anos, também concorda com os benefícios da tecnologia, mas afirma que é preciso ter cuidado com o uso excessivo do celular: "Em todos os lugares é possível ver pessoas que não largam o aparelho para nada, nem para comer ou assistir a um filme no cinema. Mas existem dois lados: ao mesmo tempo que a tecnologia permite a conversa com um ente querido que está longe, de forma mais barata, acaba nos perdendo, pois gera uma ansiedade em ver se há alguém querendo interagir conosco e curtir nossas fotos.É como se as pessoas fossem se sentir mais queridas ao serem mais vistas nas redes sociais", analisa.
Silvino diz que as pessoas costumam postar nas redes sociais sempre fotos mostrando que estão felizes. "É o selfie mostrando que está comendo determinado prato e usando tal roupa.Se projeta a imagem de algo que não somos, como se todo mundo se tornasse celebridade. Interpretando esse personagem, as pessoas têm cada vez mais dificuldade em lidar com o contraditório e com o que é diferente delas. Se permitem falar coisas de todo tipo, até de forma raivosa e ofensiva, pois se sentem protegidas nas redes sociais", explica.
Contato humano
Na avaliação do professor, as pessoas buscam saciar um desejo de aceitação, mas, em função disso, as relações sociais estão se empobrecendo. "O uso de redes sociais no celular fragilizou o contato físico. As pessoas passaram a acreditar que são benquistas pelo número de amigos no Facebook ou pelas celebridades que seguem, mas é um engodo. Por mais que desenvolvamos nossa capacidade de comunicação por meio da tecnologia, não podemos prescindir do contato humano. Tudo a que atribuímos um sentido nas relações só é efetivo quando realizado pessoalmente", reflete.
Humanos
O sociólogo afirma que não há uma formula mágica para tentar resolver a questão, mas, na opinião dele, é preciso fazer uma autocrítica em relação ao uso do aparelho. "É preciso analisar até que ponto a maneira como se usa o celular pode ser danosa e se isso pode gerar umas doença em que as pessoas estão cada vez mais enclausuradas, ao mesmo tempo que se projetam no mundo virtual. Não podemos esquecer que somos humanos e não um personagem criado, uma autoimagem que não é verdadeira e está distante da realidade", pondera.
Uma postagem diferente, li o artigo na Folha Universal e achei muito interessante, eu mesmo reconheci muitos dos "Sinais de Alerta" mais hoje em dia o único quê restou foi a "Vibração Fantasma", acho loucura você falar com alguém pelo celular se ele/a está na mesma sala ou próximos um do outro, mesmo que seja uma conversa para ninguém ouvir, chama no canto, nada substitui a velha "conversa na orelha" principalmente na hora da conquista. O celular se tornou para muita gente uma fuga e por isso a comparação, mas não vamos culpar o celular o ser humano consegue transformar qualquer coisa que der algum tipo de prazer em vicio então o artigo apesar de falar sobre celular pode ser usado para muitas outras coisa, PCs, chocolate, festas, cinema, livros e etc. Tudo que te der prazer fazer pode se tornar um vicio em potencial, então quando ler os alertas não lembre apenas do celular. As redes sociais facilitaram muito a comunicação a distância, a distância, então se seu irmão, amigo ou conhecido mora no mesmo bairro por quê não fazer uma visita ao invés de mandar uma mensagem por alguma mídia social, só para ver, apertar a mão ou dar um abraço. Mostrar que se importa e que quer estar presente na vida dele/a.
Eu acredito quê não vale apena ter um milhão de amigos no Facebook e não ter 1 para ir na sua casa no seu aniversario.
Um forte abraço!!
DarkCet
Fontes:
Folha Universal
FESPSP
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